A informatização do acervo das coleções científicas não é uma iniciativa recente. A ideia de reunir toda a informação dos espécimes em um banco de dados informatizado possibilitaria consultas e pesquisas de modo estruturado e eficiente, além de minimizar o manuseio do material, crucial para aumentar conservação.

Quando se trata de uma coleção de plantas, tão importante quando o acesso aos dados associados é a visualização do material coletado, especialmente quando o assunto é identificação de espécies. Assim, a produção de imagens dos exemplares para complementar os dados já existentes é a etapa seguinte do processo de informatização.

O Programa REFLORA/CNPq é uma iniciativa do governo brasileiro que objetivou inicialmente buscar as imagens e informações dos exemplares da flora nacional depositados em herbários estrangeiros. Os dados repatriados ficam sob a responsabilidade do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e, juntamente com os dados do herbário da própria instituição, alimentam o Herbário Virtual, disponível para consulta pública. Com o sucesso da iniciativa e o apoio do IFN (Inventário Florestal Nacional) e do SiBBr (Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira), dezenas de herbários brasileiros também puderam ser parceiros do Programa, disponibilizando suas bases com imagens para publicação.

Assim que o herbário IBGE foi incluído no Programa, iniciou-se a preparação do acervo com revisão minuciosa do banco de dados e adição de códigos de barra para cada exemplar, necessária segundo o protocolo padronizado.

Iniciada em agosto de 2019 com a chegada do equipamento fotográfico, a produção de imagens das exsicatas foi integrada na rotina de trabalho do herbário. Sob a supervisão da curadoria, dois colaboradores se revezam seguindo o mesmo protocolo utilizado por todos os herbários do Programa REFLORA. Até meados de março, quando todas as atividades presenciais foram suspensas em razão da pandemia da COVID-19, mais de 22400 fotos já haviam sido produzidas e foram devidamente publicadas.

Estação fotográfica

Esse era um desejo antigo da curadoria. Consideramos isso um marco histórico para o Herbário IBGE. Com mais essa facilidade no acesso on line, a coleção ganha maior visibilidade e também credibilidade, pois pode ser acessada virtualmente por pesquisadores de qualquer lugar. Todos os dados são passíveis de revisão, principalmente quanto à taxonomia (identificações das espécies), comentários e sugestões são muito bem vindos.

               

Atualmente o herbário IBGE utiliza a plataforma Jabot como banco de dados, desenvolvida e administrada pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e que permite além da gestão dos dados, a automação e otimização de rotinas do herbário.

Todo o material produzido está disponível livremente a toda comunidade científica e público em geral sendo publicado não somente no Sistema Jabot, mas também no SiBBr. O Herbário Virtual publica todos os dados com imagens associadas. 

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