Na última sexta-feira (28/11/2025), a Reserva Ecológica do IBGE foi palco de uma cerimônia em memória dos colegas Valmir e Manoel, que perderam a vida em 29 de julho de 2025, durante ações de combate e prevenção ao fogo. Durante um café da manhã especial, famílias, amigos e servidores se reuniram em um momento de acolhimento e integração, marcado por emoção e lembranças. A iniciativa teve como propósito honrar a memória dos dois colegas que, como brigadistas voluntários, dedicaram-se a proteger a fauna e a flora do cerrado brasileiro.
A Portaria Manoel José de Souza Neto homenageia nosso colega que, por décadas, atuou como guarda, zelando pelo patrimônio e pela rica biodiversidade da Reserva. Apaixonado pela natureza, Manoel também se destacou como fotógrafo e cinematógrafo, registrando em imagens e vídeos a vida silvestre que tanto amava. Ao longo de seus 40 anos de dedicação ao IBGE, deixou um legado de cuidado e beleza que permanecerá para sempre.

Crédito: Michella Reis.
O servidor Valmir deixou sua marca na Reserva, dando nome à sua rua principal, hoje chamada Alameda Valmir de Souza e Silva. Atuava com dedicação no manejo ambiental, conduzindo ações preventivas essenciais, sobretudo nos períodos de seca em Brasília. Valmir e sua família viviam na região de Mesquita, atualmente reconhecida como território quilombola pelo governo brasileiro. Entre os colegas, era carinhosamente conhecido como Pilim — um apelido cuja origem permanece um mistério para os mais novos.

Crédito: Michella Reis.
Em frente à portaria, foi instalada uma placa que honra e celebra a história desses colegas tão queridos. Ao lado dela, duas mudas de ipê-branco — árvores típicas do Cerrado que florescem justamente no período de estiagem — foram plantadas, criando um espaço simbólico de homenagem e memória. Agora, quem entra na Reserva Ecológica do IBGE é recebido por esse gesto de reconhecimento, que une natureza e gratidão.

Da esquerda para a direita: Bento, servidor e brigadista exemplar da Recor, Mauro Lambert, gerente da Unidade e James, servidor e artista responsável pelo desenho dos colegas gravado na placa. Crédito: Mauro Ribeiro.

Crédito: Michella Reis


Família plantando os ipês-brancos. Crédito: Michella Reis