A Reserva Ecológica do IBGE, no Distrito Federal, recebeu a visita de alunos da escola Centro de Ensino Fundamental Cerâmica São Paulo, localizada em São Sebastião (RA-DF), para atividades de educação ambiental, na terça (23/09/2025). O objetivo foi apresentar as características do bioma Cerrado, discutir sobre a importância da preservação da biodiversidade e alertar sobre os prejuízos causados pelos incêndios florestais.

Durante a visita, os estudantes percorreram uma trilha guiada por técnicos ambientais, onde observaram, de perto, a vegetação típica do Cerrado e conheceram espécies nativas de fauna e flora. A atividade destacou as diferentes formações vegetais do bioma, como o campo limpo, o cerrado sensu stricto e as matas de galeria, além das adaptações das plantas ao clima seco e aos solos ácidos.

Biodiversidade ameaçada

Considerado o segundo maior bioma brasileiro, o Cerrado abriga uma das maiores biodiversidades do planeta. Entretanto, apesar de sua relevância ambiental, esse ecossistema está entre os mais ameaçados do país. A visita teve como foco sensibilizar os jovens sobre a importância da conservação desse ecossistema, que desempenha papel fundamental na regulação climática e na proteção dos recursos hídricos.

Incêndios florestais: prejuízos ambientais e sociais

Outro tema abordado foi o impacto dos incêndios florestais, que têm se intensificado nos últimos anos. Embora o Cerrado tenha vegetação adaptada ao fogo natural, os incêndios provocados por ação humana — muitas vezes por negligência, queima de restos de podas ou práticas agrícolas inadequadas — causam danos irreversíveis à biodiversidade, ao solo e à qualidade do ar.

Os técnicos explicaram que os incêndios afetam diretamente a fauna local, destroem habitats e colocam em risco espécies ameaçadas. Outro agravante é o fato de que essas queimadas elevam as emissões de gases de efeito estufa e trazem perigos à saúde das comunidades próximas.

Educação ambiental como ferramenta de transformação

No encerramento da atividade, os estudantes participaram de uma roda de conversa para trocar experiências sobre a visita. Quando questionados sobre os momentos mais marcantes, destacaram a visita à Mostra de Fauna e Flora, a caminhada com as orientações dos monitores, o passeio até a nascente do Roncador e a diversão no parquinho ao final do passeio.

A iniciativa reforça o papel da Reserva Ecológica do IBGE como espaço de educação ambiental e conscientização, promovendo o engajamento da sociedade na defesa dos biomas brasileiros. Participaram da atividade os servidores Leonardo Bergamini, Mariza Macedo Pinheiro, Ionai de Moura, Humberto Nappo e Michella Reis. Entre as considerações dos servidores para melhorar as atividades disponibilizadas hoje pela Reserva em relação a educação ambiental temos:

– Materiais didáticos como cartilhas ilustradas, mapas ecológicos, painéis informativos ao longo das trilhas e jogos educativos voltados para crianças.

– Criação de um espaço interativo, como um “cantinho ecológico” com exposições sensoriais e arte feita com materiais recicláveis, também pode estimular o engajamento e o cuidado com o meio ambiente.

A implementação de atividades educativas na Reserva Ecológica do IBGE cumpre a missão institucional ao disseminar informações qualificadas sobre o território e fortalecer a cidadania, promovendo interação com a comunidade, valorizando saberes locais e ampliando o alcance social das estatísticas produzidas. Além disso, a Reserva serve como vitrine estratégica, ao integrar o conhecimento geocientífico e preservação ambiental, reforçando o compromisso do IBGE com o desenvolvimento sustentável e a cidadania.

Imagem de atividade em campo - trilha com orientações sobre cerrado, biodiversidade e preservação. Crédito: Michella Reis 

Imagem de pegadinhas após cachorro do mato ser avistado. Crédito: Michella Reis