Na quinta-feira, 5 de setembro, foi realizada uma visita de campo à RECOR/IBGE como parte da disciplina de graduação "Biologia Quantitativa", do Departamento de Zoologia da Universidade de Brasília. A visita contou com um grupo de 19 alunos dos cursos de Ciências Biológicas, Ciências Ambientais, e Biotecnologia, junto com o Prof. Dr. Roberto Cavalcanti.

O primeiro objetivo foi testar métodos de amostragem automática de biodiversidade em campo no Cerrado. Os alunos verificaram as câmeras de trilha operando nos ambientes de Cerrado e de Mata de Galeria, identificando as fotos, os vídeos, e selecionando os melhores locais para instalar câmeras, a partir de evidências indiretas, como pegadas de animais e marcas deixadas por tamanduás bandeira no solo e nos cupinzeiros. 

“Os dados mostraram a alta diversidade de fauna da Reserva Ecológica do IBGE, que já vinha sendo monitorada por nós com câmaras e gravadores desde 2019”, afirmou Cavalcanti. Os registros coletados nesta saída de campo incluem tamanduá bandeira, lobo guará, jaguatirica, diversas espécies de aves, paca e cutia. Em outras campanhas foram registrados onça parda, bugio, anta, cachorro do mato, capivara, seriema, jaó, jacupemba, e muitos outros.

Na segunda etapa da visita, os alunos foram conhecer a sede da RECOR e visitar a exposição científica. Os alunos foram recebidos pelo gerente da Reserva, Dr. Mauro César Lambert Ribeiro, que apresentou o histórico da região onde se situa a RECOR desde o uso pelas populações indígenas, em seguida as fazendas do século 18, passando pela criação de Brasília e a instalação da RECOR nos anos 1970, resumindo as pesquisas realizadas e em andamento. “É um legado admirável e muito bem documentado” disse Cavalcanti.


“Agradecemos ao IBGE e à equipe da RECOR pela excelente recepção. Sem dúvida, esta área se distingue pela enorme contribuição à ciência e educação ambiental e pelo excepcional estado de conservação, preservando boa parte da fauna e flora típica do Brasil Central. Parabéns ao IBGE por continuar com o compromisso de manter e operar a RECOR”, concluiu Cavalcanti.

Foto dos alunos em campo. Crédito: Professor Roberto Cavalcanti - UnB.  

Foto do Tucano. Crédito: Professor Roberto Cavalcanti - UnB.  

 

Foto do veado catingueiro. Crédito: Prof. Roberto Cavalcanti - UnB. 

 


Fotos das pegadas do mão pelada e dos canídeos, do ônibus, e das peças taxidermizadas da exposição científica: Agnis Sofia Carvalho de Miranda